"She will be loved"

Esta música sou tão "eu"...
Esta música desde há muito que me diz tanto... diz respeito a parte da minha vida... diz respeito a parte de mim...

Quando a oiço penso que a vida é fodida... penso que a vida é muito fodida...
Esta música lembra-me tanta coisa... como eu gostava que me fosse dedicada outra vez... como eu gostava que me fizesse lembrar coisas mais recentes...

Quando oiço esta música lembro-me que já fui muito amada...
Quando oiço esta música penso que tenho 21 anos e acho que vivi tudo muito depressa... acho que vivi coisa depressa demais, experimentei tudo demais...
Experimentei um amor verdadeiro e puro... amor cúmplice!

Hoje não tenho nada disso...

Quando oiço esta música penso que se calhar já tive o meu momento... que se calhar já tive a minha altura para ter sorte...
Quando oiço esta música penso que se calhar conheci o amor cedo demais e que deixei acabar... não vou ter mais...
Quando oiço esta música penso que eu já tive alguém que realmente "drove for miles and miles" por mim... e que se calhar não vou voltar a ter...
Quando oiço esta música penso que já tive alguém que me dizia sempre "Tap on my window knock on my door, I want to make you feel beautiful"... e que se calhar agora não vou voltar a ter quem me olhe assim...

Não gosto de pensar assim, mas de facto é assim que me sinto quando penso em tudo isto...

A vida é fodida! E eu adorava conseguir ultrapassá-la e ser maior que ela... bem maior!

Castigo...

Há alturas em que não queremos e dizemos que não... deitamos fora o que temos só porque não queremos, só porque aquilo que temos não nos preenche...
Depois também há alturas em que queremos mais e não temos...

Talvez seja um pouco castigo... castigo por ter deitado fora o que não queria... mesmo assim não me arrependo, porque se não estou bem, mudo! Se não preenche tenho que procurar algo que me preencha... nem sempre encontramos, ou quando encontramos não é recíproco...

Hoje não quero que seja recíproco, só quero deixar de ter vontade disso... porque simplesmente sei que é o melhor para mim, porque simplesmente sei que mesmo pouco, é muito...

Medo...

Ontem senti aquele medo que já não sentia há muito tempo... aquele medo que durante muito tempo não me largou... hoje ainda sinto esse medo... custa-me pensar que o perigo pode (outra vez) ser meu vizinho... não quero isso... e tenho medo que assim seja...

Forrest Gump

Vi hoje o filme... vi ele a recordar a vida dele toda naquele banco de uma paragem de autocarro com inúmeros desconhecidos... e pensei que às vezes gostava de conseguir recordar todos os momentos que já fizeram parte da minha vida até hoje... e sei que não consigo... por um lado é bom, por outro faz-se confusão...

Não consigo para de ouvir...

Há alturas em que fico mesmo sem palavras... desde ontem que parece que estou assim...

Porque há alturas em que a vontade de falar é susbtituída pela vontade de repetir o que nos fez ficar sem palavras...

Beijos...

Um beijo pode ser tanto e tão pouco ao mesmo tempo...
Já tive dos dois...
Já tive beijos tímidos...
Já tive beijos maus...
Beijos bom...
Beijos curtos...
Beijos prolongados...
Beijos simples...
Beijos mais elaborados...
Beijos à pressa...
Beijos fugazes...
Beijos lentos...
Beijos confusos...
Beijos sem saber porquê...
Beijos só porque apetece...

Enfim...

Mas os que eu mais gosto... os que eu mais gosto mesmo... são aqueles que me tiram o folêgo, que me cortam a respiração, que me deixam sem reacção... que me deixam com vontade de tocar, com vontade que me toquem... beijos que transmitem tanto... tantas emoções, tanto desejo, tanta vontade de beijar... esses são os que eu mais gosto de dar e de receber de quem sabe o que eu gosto e como eu gosto...

Porque não limites quando se beija assim...

Parece que há alguém que me conhece bem melhor do que aquilo que eu penso... e quero...

Hoje apetece-me fazer loucuras como se não houvesse amanhã...
Apetece-me viver como se fosse morrer amanhã...
Apetece-me dar-me como se pudesse deixar de existir...
Apetece-me cantar até que a voz me doa...
Apetece-me escrever um livro sem fim...
Apetece-me contar a minha vida toda mesmo a quem não queira saber...
Apetece-me chorar por todas as vezes que não chorei e por todas as que chorei e por todas as que ainda vou chorar...
Apetece-me rir até me doer a barriga, deitar-me no chão a rir, rir às gargalhadas até me faltar o ar...
Apetece-me sentir formigas na barriga...
Apetece-me sentir um peso no estomago..
Apetece-me ficar sem fôlego...
Apetece-me comprar tudo o que gosto, tudo o que gosto de ver em mim...
Apetece-me dançar até me doerem muito os pés...
Apeteceme dormir um dia inteiro sem ter nada que me interrompa...
Apetece-me fazer uma maratona de filmes e de batatas fritas...
Apetece-me levar pra casa todos os gatos que eu encontre e goste...
Apetece-me vestir vestidos bonitos e que me fiquem bem...
Apetece-me despir-me sem preconceitos...
Apetece-me tirar fotografias e sorrir pra elas...
Apetece-me sair sem saber pra onde, sem saber quando voltar...
Apetece-me ser simpatica com toda a gente...
Apetece-me ser má com quem merece...
Apetece-me ser elogiada...
Apetece-me ter prazer sem querer o fim...
Apetece-me entregar-me como sou e como gosto de ser...

E não é por ser hoje... é por ser todos os dias... é porque eu simplesmente sou assim...