terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Experiência...

Andava a cuscar folhas minhas antigas... muito antigas... encontrei um texto que na altura foi uma experiência muito curiosa proposta para uma aula de Português... sentar em frente a um espelho e escrever aquilo que sentimos...
Foi uma experiência engraçada e mais engraçado foi encontrar o texto de novo, quando já o julgava perdido... por isso vou escrevê-lo aqui... tinha 16 ou 17 anos quando o escrevi... já não me lembro muito bem!!


Olho-me nos olhos ao espelho e dou conta que sou bonita (apesar de não o pensar)...
Olho-me nos olhos ao espelho e vejo que sou eu...
Pergunto-me se sou eu fisicamente, ou se sou eu fisicamente e psicologicamente tal como sou na realidade...
O espelho é um mundo... tem a capacidade de mostrar tudo aquilo que o rodeia e está sempre atento a tudo... vê-nos sempre a passar, diz-nos bom dia pela manhã enquanto lavamos os dentes...
Mas acima de tudo... aquela rapariga que olha para mim quando eu olho para ela... é minha amiga, chora quando eu choro, ri quando eu ri-o... é melhor do que outra pessoa qualquer... nunca me deixa sozinha...
Eu ando comigo, apoio-me quando preciso e tento sempre saber, tento sempre lembrar-me que isso é verdade... nem que para que isso aconteça, eu tenha de me olhar no espelho...


Foi isto que eu escrevi...
Não é nada de especial... mas achei curioso ler isto e tive vontade de o partilhar...
Este meu sentimento de independência já vem de há um bom tempo!!
É engraçado ver como já nessa altura eu pensava como penso hoje, embora durante uns tempos me tenha esquecido disso!

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Por Uma Noite - Klepht



Tocas no rosto enquanto o ar não sai
Inspiro sem medo do acto que vem
Envolvo os pés como mãos
Do toque nasce a nossa ilusão

Desenhas os risos de um novo medo
Que o peito demonstra sem qualquer sossego
Faz tempo que a culpa se foi
Ficámos de pensar só depois
Do erro.

Já pouco nos resta fechar os olhos
Escondemos actos sem qualquer receio ou angustia
Que nos prende a vontade de sentir
O corpo com prazer

Rasgas-me a roupa sem qualquer pudor
Enquanto buscas o ar pela boca
Passeias o teu cheiro no meu corpo
Por entre os braços misturo tudo
Após o prazer ficaremos mudos
Sem saber
Se é por uma noite

Grito teu nome sem saber
Como será o amanhã
Foi um sonho real
Por uma noite.